A emocionante Hey Jude de Paul McCartney.
Quando li a história de como Paul compôs esta canção, me emocionei!
quinta-feira, 27 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Paulinho Moska
Já há alguns anos que acompanho o trabalho deste grande intérprete da música brasileira, mais precisamente da CARIOCA. Em suas interpretações impressionantes, em todos os aspectos da sua característica artística.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Depressão
A sensação
A tentação
A maldição
Da vida
O furacão
O turbilhão
A ignição
Maldita
A afeição
Com seu irmão
A tentação
Cedida
Se for um não
Não há mais chão
Pra um coração
Benzida
Não há mais chão
Pra um pobre cão
Que busca o pão
Da vida
Só um tostão
Pra um canastrão
Que sede o chão
Rendida
Susto com o vão
Que se abre em vão
Pra sensação
Detida
Que vai então
Como um vulcão
Que em erupção
Me ressucita.
Diogo Gomes
18-05-2010
A tentação
A maldição
Da vida
O furacão
O turbilhão
A ignição
Maldita
A afeição
Com seu irmão
A tentação
Cedida
Se for um não
Não há mais chão
Pra um coração
Benzida
Não há mais chão
Pra um pobre cão
Que busca o pão
Da vida
Só um tostão
Pra um canastrão
Que sede o chão
Rendida
Susto com o vão
Que se abre em vão
Pra sensação
Detida
Que vai então
Como um vulcão
Que em erupção
Me ressucita.
Diogo Gomes
18-05-2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
O inimitável Marcelo Camelo
Há alguns dias conversando com um parceiro de composições meu, Rubens Loureiro, ouvi dele a expressão: "esse cara tem tudo pra ser o novo Chico do Brasil". E eu, esbravejei. Não admito tal comparação, porém sou obrigado aqui hoje a me redimir. Ouvindo mais cuidadosamente esse grande nome da música de vanguarda dos tempos atuais, de fato é um grande compositor e intérprete.
Bom apetite a todos, e sintam-se abraçados por esta Santa Chuva, que cai sobre todo homem e mulher sensível o bastante para senti-la.
Bom apetite a todos, e sintam-se abraçados por esta Santa Chuva, que cai sobre todo homem e mulher sensível o bastante para senti-la.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
O tempo - por Drummond
Cortar o tempo
Carlos Drummond de Andrade
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente"
Nós que vivemos nessa fúria incessante do cotidiano agitado, da vida moderna. Não nos damos conta do quanto somos produtos de um mundo materialista ao extremo, e acima de tudo efêmero em seu significado geral para as coisas do dia a dia. Aquilo que realmente é real, não se vê, não se sente, não se colhe neste mundo bizarro dos homens 'modernos'.
Carlos Drummond de Andrade
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente"
Nós que vivemos nessa fúria incessante do cotidiano agitado, da vida moderna. Não nos damos conta do quanto somos produtos de um mundo materialista ao extremo, e acima de tudo efêmero em seu significado geral para as coisas do dia a dia. Aquilo que realmente é real, não se vê, não se sente, não se colhe neste mundo bizarro dos homens 'modernos'.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Vamos acordar porque não é só ano de copa, mas também de eleições.
Meu Deus, tantos anos se passaram depois dos tempos da ditadura, e mesmo assim o povo do Brasil ainda insiste em querer pedir permissão para sorrir, para aprender a ler, para ter direito a Amazônia - que é, e sempre foi do Brasil e dos nossos vizinhos latinos.
"Por esse pão pra comer
Por esse chão pra dormir
A certidão pra nascer
E a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar
Por me deixar existir
Deus lhe pague"
E mesmo depois de tantos anos de sofrimento, tortura, assassinatos e injustiças parece que nossa lembrança continua muito fraca. Como podemos engolir tanta parcialidade de nossos políticos. Tanto descaso dos nossos empresários com o meio ambiente.
"Agora já não é normal
O que dá de malandro regular, profissional
Malandro, com aparado de malandro oficial
Malandro, candidato a malandro federal
Malandro, com retrato na coluna social
Malandro com contrato, com gravata e capital
Que nunca se dá mal..."
Vamos acordar Brasil. Acordar para igualdade e para justiça, porque um país democrático pode até basear-se nos alicerces do capitalismo, mas jamais da desigualdade.
"Por esse pão pra comer
Por esse chão pra dormir
A certidão pra nascer
E a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar
Por me deixar existir
Deus lhe pague"
E mesmo depois de tantos anos de sofrimento, tortura, assassinatos e injustiças parece que nossa lembrança continua muito fraca. Como podemos engolir tanta parcialidade de nossos políticos. Tanto descaso dos nossos empresários com o meio ambiente.
"Agora já não é normal
O que dá de malandro regular, profissional
Malandro, com aparado de malandro oficial
Malandro, candidato a malandro federal
Malandro, com retrato na coluna social
Malandro com contrato, com gravata e capital
Que nunca se dá mal..."
Vamos acordar Brasil. Acordar para igualdade e para justiça, porque um país democrático pode até basear-se nos alicerces do capitalismo, mas jamais da desigualdade.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Paulo Leminsk aqui no Boteco denovo!
"um homem com uma dor
é muito mais elegante
caminha assim de lado
como se chegando atrasado
andasse mais adiante
carrega o peso da dor
como se portasse medalhas
uma coroa um milhão de dólares
ou coisa que os valha
ópios édens analgésicos
não me toquem nessa dor
ela é tudo que me sobra
sofrer, vai ser minha última obra"
é muito mais elegante
caminha assim de lado
como se chegando atrasado
andasse mais adiante
carrega o peso da dor
como se portasse medalhas
uma coroa um milhão de dólares
ou coisa que os valha
ópios édens analgésicos
não me toquem nessa dor
ela é tudo que me sobra
sofrer, vai ser minha última obra"
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Fernando Pessoa novamente aqui, por Paulo José também
No Sarau de nossa segunda feira, Paulo José e suas interpretações maravilhosas dos maiores nomes da poesia da língua portugues.
Pitada de Ferreira Gullar
Pra quem ainda não experimentou um pouco do universo da poesia por um poeta:
Sonho
Sonho
Se tem gente que reclama do sono,
Para mim isto já não basta.
De umas noites pra cá
Venho reclamando mesmo é dos sonhos.
Que não me deixam dormir,
Me cansam e me invadem a alma.
Como é duro viver ligado ao universo metafísico
24 horas por dia.
Diogo Gomes (03-05-2010)
Se tem gente que reclama do sono,
Para mim isto já não basta.
De umas noites pra cá
Venho reclamando mesmo é dos sonhos.
Que não me deixam dormir,
Me cansam e me invadem a alma.
Como é duro viver ligado ao universo metafísico
24 horas por dia.
Diogo Gomes (03-05-2010)
Foram duros estes tempos, e esse hino soou soberano
Hino de Duran (Chico Buarque 1979)
Se tu falas muitas palavras sutis
Se gostas de senhas sussurros ardís
A lei tem ouvidos pra te delatar
Nas pedras do teu próprio lar
Se trazes no bolso a contravenção
Muambas, baganas e nem um tostão
A lei te vigia, bandido infeliz
Com seus olhos de raios X
Se vives nas sombras freqüentas porões
Se tramas assaltos ou revoluções
A lei te procura amanhã de manhã
Com seu faro de dobermam
E se definitivamente a sociedade
só te tem desprezo e horror
E mesmo nas galeras és nocivo,
és um estorvo, és um tumor
A lei fecha o livro, te pregam na cruz
depois chamam os urubus
Se pensas que burlas as normas penais
Insuflas agitas e gritas demais
A lei logo vai te abraçar infrator
com seus braços de estivador
Se pensas que pensas estás redondamente enganado
E como já disse o Dr Eiras,
vem chegando aí, junto com o delegado
pra te levar...
Se tu falas muitas palavras sutis
Se gostas de senhas sussurros ardís
A lei tem ouvidos pra te delatar
Nas pedras do teu próprio lar
Se trazes no bolso a contravenção
Muambas, baganas e nem um tostão
A lei te vigia, bandido infeliz
Com seus olhos de raios X
Se vives nas sombras freqüentas porões
Se tramas assaltos ou revoluções
A lei te procura amanhã de manhã
Com seu faro de dobermam
E se definitivamente a sociedade
só te tem desprezo e horror
E mesmo nas galeras és nocivo,
és um estorvo, és um tumor
A lei fecha o livro, te pregam na cruz
depois chamam os urubus
Se pensas que burlas as normas penais
Insuflas agitas e gritas demais
A lei logo vai te abraçar infrator
com seus braços de estivador
Se pensas que pensas estás redondamente enganado
E como já disse o Dr Eiras,
vem chegando aí, junto com o delegado
pra te levar...
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