sexta-feira, 30 de abril de 2010

Maringá Maringá

Já que falavamos de Minas, olha que bela coincidência. Aliás, dá um orgulho tremendo de ser maringaense assistindo isso.



Ao amigo @rubensloureiro que gosta tanto daqui! :) E ao pessoal do @mgamgablog

Noite 'poeminha'

Noite

E enfim, o vinho pra
esquecer o dia e
lembrar do meu amor.

Diogo Gomes
29-04-2010

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Olha a folga desses "nêgos" maravilhosos

Pra quem acha que só penso em RJ quando penso em música, segue aqui uma maravilhosa degustação de uma mistura de Feijoada mineira com sotaque pernembucano.



Wander Lee e Zeca Baleiro - maravilhosos em BH!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Um pouco da aquerela musical de Maceió




Esse gênio que eu sempre admirei, aliás talvez um dos primeiros grandes nomes da música brazuca que conheci. Sempre que toco Djavan sinto essa leveza nos braços e no peito, de sua música serena e ao mesmo tão intensa de emoções e beleza!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sem adoçante algum



Legitimamente de Holanda!

O grande Ferreira Gullar

Meu pai


meu pai foi
ao Rio se tratar de
um câncer (que
o mataria) mas
perdeu os óculos
na viagem

quando lhe levei
os óculos novos
comprados na Ótica
Fluminense ele
examinou o estojo com
o nome da loja dobrou
a nota de compra guardou-a
no bolso e falou:
quero ver
agora qual é o
sacana que vai dizer
que eu nunca estive
no Rio de Janeiro


De Muitas Vozes (1999)

A valsa mais singela e mais genial da música brazuca

Valsinha
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque / Vinícius de Morais

Um dia, ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar
E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz


---------------

Toda a genialidade de um poeta abençoado pela sensibilidade da colorida pelas rimas e pela melhor e mais pura poesia, unido-se à sensibilidade musical de um gênio da simplicidade e da sedução das notas de uma bela canção. VALE A PENA OUVI-LA, MIL VEZES.

O mais genial ainda, é a escolha da valsa, que representa um encontro conjugal. De um casal distante, que se junto numa bela e mágica noite - como há muito não se ousava. Como se juntassem seus corpos para a dança de uma valsa. Essa é a grande metáfora dessa bela música de Chico e Vinícius.

Fica aqui mais um post, para a aqueles que admiraram a ausência de Chico aqui no Boteco. :)

Aguardo os comentários hein pessoal!

Nosso lado lusitano e sentimental mais puro

Seguindo aqui a mesma direção de intertextualidade de Cazuza na última postagem.

"Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito
Desencontrado, eu mesmo me contesto

Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto

Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadora à proa
Mas o meu peito se desabotoa

E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa..."

O mais puro do sentimental português!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Visceral = Cazuza

Medieval
Cazuza
Composição: Cazuza / Rogério Meanda

Você me pede
Pra ser mais moderno
Que culpa que eu tenho
É só você que eu quero

Às vezes eu amo
E construo castelos
Às vezes eu amo tanto, que tiro férias
E embarco num tour pro inferno

Será que eu sou medieval?
Baby, eu me acho um cara tão atual
Na moda da nova Idade Média
Na mídia da novidade média

Olha pra mim, me dê a mão
Depois um beijo
Em homenagem a toda
Distância e desejo

Mora em mim
Que eu deixo as portas sempre abertas
Onde ninguém vai te atirar
As mãos vazias nem pedras

Eu acredito nas besteiras
Que eu leio no jornal
Eu acredito no meu lado
Português, sentimental

Eu acredito em paixão e moinhos lindos
Mas a minha vida sempre brinca comigo
De porre em porre,
Vai me desmentindo

Será que eu sou medieval?
Baby, eu me acho um cara tão atual
Na moda da nova Idade Média
Na mídia da novidade média


---------

Cazuza, o que dizer de Cazuza. Para aqueles que me ouvem falar de chico, muitas vezes até estranhando meu paladar para outros compositores e outros poetas, que não são do samba nem da música tradicionalíssima brazuca. Hoje vou falar desse mestre da realidade nua e crua das ruas e da juventude dos anos 80 e 90 no Brasil. Um menino, que morreu menino/homem sem saber ser nem um nem outro.

Essa música, é tão despercebida por muitos. Vista como tão singela pra tantos outros, tão arcaica. E é justamente nessas coisas que passavam POR AI, que Cazuza se mostrava o gênio que era. Citando Dom Quixote, Fernando Pessoa, dentre outros, numa música tão vã como esta. Um rock 'descerebrado' como este. Escraxado, como ele mesmo se propunha ao mundo. Cada poesia de Cazuza era uma autópsia dele mesmo, pra si mesmo e pro mundo. Eu sinceramente, mesmo com Chico Buarque ainda vivo, não vi nada parecido na poesia brazuca. Nunca senti ninguém tão nu e cru defronte ao mundo, talvez Jesus. Não que eu esteja aqui 'endeusando' um pecador como ele - mais do ninguém talvez, rsrsr. Porém de fato, Cazuza nos fez sentir que mesmo depois de tudo que se passou de 60 para 90 neste país em que vivemos, ainda reinava a era dos Exmos. Ratos de Brasília. Dos magnatas da mídia - grupo cujo seu próprio pai ajuda a compor-se. Juntos com alguns poucos legítimos de seu tempo, talvez como Renato Russo, Lobão, Cássia Eller, Humberto Gessinger, Herbert Vianna, Arnaldo Antunes, Chico Science, dentre alguns outros, que viam de fato o que somos e fazemos, vivemos. Cazuza era o poeta da lata de lixo.

Realista como ninguém, 'na moda da nova idade média' este homem expressou-se como ninguém em protesto à "mídia da novidade média'.

Sejam bem vindos ao post mais viceral deste meu blog, e não poderia ser com outro compositor que eu selaria esta mensagem. Viva Cazuza!!!

Homem (by Diogo Gomes)

Pra sermos grandes homens,
temos que ser ELAS.
Pelo menos no espírito,
mesmo que de vez enquando.

Diogo Gomes 19-04-2010

domingo, 18 de abril de 2010

Continuando no ambito do conflito amoroso

Esse é um aperitivo e tanto para nos divertirmos com as intemperâncias de uma relação cheia de amor e de conflitos.

Nostalgia com Paulinho Moska

Trampolim
Paulinho Moska
Composição: Paulinho Moska

Você não sofre porque não sente o que eu sinto
Há um iceberg em você que eu tenho que derreter
Que tipo de piscina terá embaixo desse trampolim?
Que pulo que eu vou ter que dar pra não me ferir?

Porque acordar sem você é ficar cego no amanhecer
É assistir o fim do mundo, depois escurecer
E eu no meio disso tudo sem saber
Que já estamos no início do que vamos ser

Hoje eu não acordei
Hoje eu não vou dormir
Hoje eu nunca te dei
Hoje eu quero partir


Esse é o Moska, esse compositor carioca com essa elegância inveterável ao falar de amor. Com essa suavidade, essa sutileza, enfim essa beleza poética. Moska é sem dúvida, um dos grandes nomes dessa nova (velha) geração da música brazuca que vem, cada vez mais, surpreendendo com suas produções. Apesar desta não ser uma canção recente dele, é uma das minhas preferidas. Acho lindo isso de descrever sobre essa distância eminênte em toda relação, sobre o sofrimento e as razões do outro em função das suas próprias mazelas!

Postem sobre essa música seus comentários, e pra quem quiser ouvir YOU TUBE na veia!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O bom e velho Paulinho Moska

PARA SE FAZER UMA CANÇÃO
Paulinho Moska
--------------------------
Isso demonstra o tipo de relação que esse músico maravilhoso tem com os maiores nomes da música de hoje em dia no Brasil.
--------------------------
Para se fazer uma canção (Moska)
Desfaço as malas do meu coração (Vander Lee)
Eu sobrevôo minha solidão (Pedro Luis)
E encontro o fim de um deserto (Celso Fonseca)
Para se fazer uma canção (Frejat)
Um som, um céu sem direção (Zé Renato)
Como eu não previ, como eu nunca sei (Leoni)
O amor que dei (André Abujamra)
Acho a luz no fim da escuridão (Jorge Vercilo)
E ascendo a imaginação (Joyce)
Olá, você ai (Gilberto Gil)
Que bom te ouvir (Toni Garrido)
E eu não preciso de mais nada (Mart´nália)
Por isso corro nas calçadas, corro nos seus pensamentos (Otto)
Alentos pra solidão (Zélia Duncan)
Passaporte pra dentro da alma (George Israel)
E você que vem com pressa, calma (Oswaldo Montenegro)
Dor adeus, Deus perdão (Zeca Baleiro)
Dois, amor, doeu? (Nando Reis)
Mas como é bom! Mas como é bom! (Jorge Mautner)
E quando é bom é tudo seu (Lenine)
E eu sou teu, você e eu (Sergio Dias)
Na imensidão a sós (Flavio Venturine)
Essa é minha voz (Isabella Taviani)
Que é a sua voz também (Vitor Ramil)
E a canção é de ninguém (Chico César)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Não precisa de texto - essa será a próxima análise do BLOG

O que dizer quando se diz?

"Diga o melhor. Pense o resto." (Craig Seibold)

Inspirado pela bela frase, que li no twitter de minha amiga @lumarks (Luana Marques), começo meu dia frio hoje aqui em Maringá ainda na busca de qual música cantar aqui no Boteco.

Os ares frios e perfumados dessa cidade maravilhosa pela manhã são de fato um presente pra todo maringaense.

E sigo aqui ainda na busca de qual canção cantar no boteco essa semana!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Cash in Flowers

Falamos tanto aqui de coisas do outros. Falo muito aqui de mpb e bossa, mas é com um projeto de Rock inspirado nas bandas dos anos 90 de todo o mundo, que eu meto os pés pelas mãos e me atrevo a experimentar algo que seja meu originalmente.

Então, agora sim, falando do projeto em que me atrevo com mais alguns parceiros a criar algo de novo nesse universo tão inundado de possibilidades que eh a música autoral. Vou citar aqui um possível Backstage do novo EP do Cash. Aqui vai os nomes das músicas que possivelmente serão lançadas no nosso novo álbum que pretendemos lançar até Agosto deste ano:

One life to live
Hangover
Water
Somewhere
Crossroads
Distiled
Love Job
Orange Day
Two Worlds
Ellen
Searching Power
Angel's Eyes
Clean Air


Esse poderá ser o set list do nosso próximo disco! Espero que todos nos ajudem com a sua contribuição pessoal. A opinião de cada que já conhece nosso trabalho é importantíssima para todos nós!

Abraço a todos! Em breve remeterei mais novidades sobre o Cash in Flowers!

Das rosas da visita de Caymmi à Tom

Se você não entendeu o título do post. Saiba que ele foi criado especialmente para os amantes do melhor do Samba de Raíz. Visto que me refiro a um dos discos mais importantes do samba do Brasil. Gravado pelos dois mais expressivos nomes do samba carioca/baiano. Numa fusão apaixonada de Tom Jobim e Dorival Caymmi. No disco que foi entitulado por: "Caymmi visita Tom". Reunindo canções de Chico, Vinícius de Morais, Caymmi e Tom. Numa mistureba do que há de melhor no 'samba baiano' ao encontro da Bossa Nova dos cariocas.

Um disco belo, e ao mesmo tempo, suave e simples (como este comentário curto e ao mesmo tempo profundo em seus significados qualitativos sobre os autores da obra). Com toda a genialidade poética de Caymmi e Vinícius, e a recíproca musical de Tom. E ainda com o brinde saboroso da voz de Nana Caymmi! Vale a pena ouvir: http://www.radio.uol.com.br/#/volume/nana-caymmi/caymmi-visita-tom/12490?action=search (Universal Music, 1964).

Hoje, na Cidade Canção

Hoje amanheceu um dia frio aqui, que lembra Curitiba. Lembrando várias canções estou num dia inspirado para escolher uma boa canção e postar.

"Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
Meu pensamento lá em você
Eu sem você não vivo" (Djavan)

"Nas noites de frio é melhor nem nascer" (Cazuza)

"Nessa época do ano
Quando o frio vem chegando
E há menos flores, que espinhos" (Hebert Viana)

"Giogio tá tudo assim nem sei
Tá tão estranho
A cor dessa estação é cinza
Como um céu de estanho" (Zeca Baleiro)

De fato, essa é uma das estações mais líricas pra música e pra poesia de uma maneira geral. Vou postar mais sobre esse tema tão aconchegante aos corações dos apaixonados pela arte da palavra!