sábado, 20 de novembro de 2010

Vago homem vago

Cinturão fino e estreito como uma corda de nylon sobre a cintura.
Energia de um leão nas veias.
Doçura no olhar e língua estupidamente afiada, mais que afinada.
Saudade de casa, da mãe, isso ele esconde.
Vontade de dizer ao mundo o que lê nos livros dos homens que admira.
Vontade de ser um deles.
Nessa alquimia semi-masculina de sentidos vaga este mambembe desorientado.
Fumando um cigarro após o outro para esquecer a dor, e queimando a si mesmo junto dele.

Diogo Gomes
20/11/2010

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Ser, querer e poder

Se bastasse por querer seríamos aquilo que sonhamos durante toda a vida.

Diogo Gomes 19/11/2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Vida Nordestina




"O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias."

Trecho do poema "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto

100ª postagem, em rítmo de samba



Dedico a unica baiana que tenho um pouquinho de contato pela internet: @beacioli

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O trágico dilema

"Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro."

Mário Quintana

domingo, 7 de novembro de 2010

Mágica para a vida

"Se estamos no circo, sejamos os mágicos." Rubens Loureiro, 7 de Novembro de 2010.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Fotopoema 5

Mil perdões



"Te perdôo
Por fazeres mil perguntas
Que em vidas que andam juntas
Ninguém faz
Te perdôo
Por pedires perdão
Por me amares demais"



"Te perdôo
Te perdôo por ligares
Pra todos os lugares
De onde eu vim
Te perdôo
Por ergueres a mão
Por bateres em mim"



"Te perdôo
Quando anseio pelo instante de sair
E rodar exuberante
E me perder de ti
Te perdôo
Por quereres me ver
Aprendendo a mentir (te mentir, te mentir)"



"Te perdôo
Por contares minhas horas
Nas minhas demoras por aí
Te perdôo
Te perdôo porque choras
Quando eu choro de rir
Te perdôo
Por te trair"


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Fotos de Ana Covo e fraguimentos da letra da canção "Mil Perdões" do mestre Chico Buarque.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Botecos e botecos

Cansei dos botecos da vida,
Acho que é a idade, ou que é o cansaço.
Os piores amigos diriam que é o dinheiro escasso.
Não sei bem qual a medida.

O fato é que cansei,
Não vejo mais graça na batida do copo na mesa.
Não pretendo mais tantas cantadas, nem tenho mais tanta destreza.
Confesso que preciso admitir que me desgastei.

A medida é sempre errada.
O peso das coisas na vida nunca é o certo.
Mas hoje posso lhes dizer de coração aberto:
Eu parei com a noitada!

Irônico não?

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Diogo Gomes
03-11-2010