quarta-feira, 30 de março de 2011

Aquilo que tira o homem do mundo

Todos somos cordeiros.
Não há lobos entre os homens,
Apenas monstros iludidos.
E a vida mata a todos.
Do mesmo modo.
Com o mesmo punhal.
Sem piedade alguma.
Vendo-os sangrar sobre o mesmo altar.

Verdade ou mentira?

O certo sempre foi menos convincente
Que o duvidoso.

quinta-feira, 24 de março de 2011

terça-feira, 22 de março de 2011

O Nativo da Praia

Pé por pé o nativo caminha sobre a areia dura da praia
Sentindo sua boca secar com o sal, sentindo seu peito molhar com a brisa
Pedra por pedra ele sente furar o seu casco de ilusão
Que quebra o silêncio do corpo, como que num turbilhão
E pouco a pouco se sente como aquela tartaruga perdida
Jogada às gaivotas famintas que a perseguirão até o último suspiro
Como ela, ele caminha a espera do fim da perseguissão.

quarta-feira, 9 de março de 2011

O homem cidadão, e o homem cão

Refletindo sobre essa relação
De eterna autoafirmação
Entre o nosso ego patético
E o mundo exterior, que é sintético - mais que cinético, estive pensando:
Pobre daquele que vive em função da prepotência existencialista da moral.
Os paradigmas da sociedade são atos contra a liberdade.
Contra a vida e contra a evolução.
Pois afinal, os paradigmas nada mais são que os limites dos gênios.
Ou mesmo dos puros. Que talvez sejam os maiores merecedores de mérito qualquer.