terça-feira, 15 de setembro de 2009

Pearl Jam - Novo disco

Eu peço a licença de meus caros leitores para comentar sobre esse maravilhoso lançamento da banda estadonisense: Pearl Jam. O disco entitulado como Backspacer, foi lançado nesse mês no mundo todo pelo grupo americado. Que vem, ao passar dos anos, compondo cada vez mais coisas interessantes. Eu estou maravilhado ao ouvir esse disco, e comendo a todos.

Não vou publicar links para download, porque acho antiético. Mas, sinceramente recomendo, mesmo que escreva aqui um blog de bossa nova e mpb, acho que bons ouvintes adorariam ouvir músicas como Amongst The Waves, Just Breathe, Speed of Sound, dentre outras.

Até mais. Logo mais publicarei mais colunas sobre a nossa tão querida música brasuca!


Abraço a todos! Comentem hein!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Lenine

Ouvindo recentemente o álbum In Cité, de Lenine - que pra mim é o seu melhor disco ao vivo, talvez até melhor que muitos álbuns gravados em estúdio -, me maravilhei com sua expressividade socio-cultural, e musical obviamente. Um artística com letras maravilhosas e uma composição sonora com rítmos inusitados e pulsações efervescentes. Assim Lenine arranca aplausos do público nesse disco, provando o grande compositor que é.

Esse disco tem grandes canções. A música "Vivo", que é uma profunda reflexão existencialista sobre o homem e sua verdadeira identidade, é maravilhosa. Gosto muito também da junção das duas músicas, que eu não tenho certeza se são de sua autoria: "Caribenha Nação/Tuarengue Nagô" - que selebra a nação afro descendente e seu verdadeiro valor.

Enfim, ouçam esse álbum. Está obra é a dica dessa semana. Lenine é genial!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Djavan


Não precisa muito mais que issu no título não acham? Hoje, voltando a ouvir esse gênio da harmonia e da melodia, vi o quanto faz bem ter contato com essa obra prima da música brasileira. Ouço Djavan desde de criança, e é assim mesmo que tem que ser. Porque pra mim, um artista como esse, dentre outros por aí, devem ser ensinados aos filhos e netos. Pois vale mais que aprender a gostar de futebol!

Com sua sonoridade leve, bela e cada vez mais madura e precisa, Djavan é simplesmente incomparável. Um verdadeiro gênero da nossa mpb. Com uma composição de uma criatividade impressionante no âmbito da melodia, e de letras que nos fazem passear pelas areias de Alagoas. Sua leveza e simplicidade poética se constrastam com sua erudição musical. O que faz de Djavan um prato cheio pra pessoas de gosto musical apurado. É como um bom vinho ao paladar dos admiradores de bons vinhos! Seus últimos trabalhos, para mim, tem muito de parecido entre si, em termos de temas, tanto musicais como poéticos - seus arranjos e letras são consonantes. Aliás, Djavan, sempre foi muito versátil neste aspecto. Se ouve de tudo em um disco de Djavan: de soul e jazz à samba. E é assim que ele compôs seus últimos pratos finos: Milagreiro, Vaidade, Na Pista e Matizes.

Sempre vou lembrar de Djavan também por aqui, podem ter certeza. Para este post as dicas são: "Meu" e "Cair em si" - ambas do álbum Milagreiro, e por fim "Pedra" do seu último disco - Matizes.

Salve! Em breve novos posts - devo escrever mais nos próximos dias! Grande abraço aos amigos leitores! Comentem!!!

domingo, 16 de agosto de 2009

Um post diferente

Peço desculpas pelo tempo sem postar, e ao mesmo tempo por um post fora do tema ao qual me proponho a escrever aqui. Mas não resisti aos últimos acontecimentos.

Vivemos um momento importantíssimo de crescimento econômico e social no nosso país. Um momento em que nos preparamos para mais uma eleição presidencial. Inclusive uma eleição que têm uma série de atenuantes importantes, afinal não teremos mais o LULA, mas sim um sucessor ou opositor dele nos regendo. O Brasil, vive um avanço industrial em virtude dos crescimentos em geração de energia, da indústria de exploração de recursos minerais, da indústria do etanol, do biodiesel, da indústria tecnologia e software, dentre muitos outros setores nos quais temos nos destacados no cenário mundial. Enfim, estamos precisando tanto de firmeza e organização, para que possamos caminhar de maneira sólida rumo ao crescimento contínuo da nossa nação e da nossa sociedade. E justamente num momento crítico e tão importante, como é esse; vivenciamos situações tão bizarras na nossa sociedade. Me refiro aqui, caros amigos, aos episódios ridículos com os quais fomos obrigados a nos deparar na tv, nos jornais, nos portais na internet, nas revistas, enfim, em toda a imprensa só se fala nisso: o escândalo das emissoras de tv e suas ações mafiosas, e o escândalo do Senado brasileiro.

Oque dizer desses episódios tão frustrantes? Eu só espero que possamos começar a levar essas lições, que tomamos desses escândalos com os quais somos obrigados a nos deparar periodicamente no nosso país, para um rumo que possa tornar mais maduro nosso aprendizado social. Agora é hora de questionar quem é quem nas câmaras do parlamento, quem presta quem não presta. Definitivamente, está na hora de nossos estudantes e nossos cidadãos, participarem da nossa política com a lucidez e a força que todos têm, perante a lei que nos defende. Chega de baixar a cabeça para esses gangsters, que continuam sustentando seus mecanismos de manipulação do poder. Através de ferramentas que deveriam ser utilizadas em benefício da sociedade, e não o contrário: como a imprensa e os órgãos públicos do governo do nosso país.

Vamos abrir o olho!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Tiro Cruzado (Oswaldo Montenegro)

"Eu tava andando numa estrada vermelha
Era no meio do mundo, interior de Goiás
Pedi pra dormir num celeiro vazio
E aí me disseram: "Cuidado, rapaz
Aí mora o louco fantasma de Antônio
Era líder do povo e brigou com o patrão
Na hora do pau, deixaram sozinho"
Perdeu o emprego e ainda foi pra prisão
Depois ficou doido e gritava: "Covarde!
Não teve só um pra vir me acudir
Mas quando eu morrer eu volto da morte
Atazano vocês e ainda morro de rir"

Na hora do aperto me deixa de lado
É tiro cruzado (olha eu na fogueira!)
Fala besteira (é o teu medo empenhado)
E o teu pesadelo é que eu não dou bandeira
E passa rasteira, eu que tome cuidado
Senão caio morto no meio da rua
Não vai haver quem pare pra acudir
Sai do meu lado (olha essa confiança!)
Quem entra na dança não pode sair
O olho no olho reflete sem erro
Quem acusa os "outro" e não sabe de si
E passa rasteira, eu que tome cuidado
Senão caio morto no meio da rua
Não vai haver quem pare pra acudir
Caso eu morresse voltava de novo
Te atazanava e morria de rir

Oswaldo Montenegro

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A musicalidade nordestina

Que o nordeste é um grande polo de produção de arte no Brasil, isso não é novidade pra ninguém, e já há muito tempo. Mas eu sempre acho pertinente bater papo sobre a produção artística e musical nordestina. Por sua vastidão de expressões, de influências, de ritmos. Eu sempre digo para os meus amigos de conversas musicais, que o Nordeste é privilegiado. E privilegiado justamente por essa diversidade. Essa trança de possibilidades de sons, misturados - quase sempre - à essência da cultura sertaneja nordestina.

Não quero afirmar que só no Nordeste essa feijoada é possível. Afinal, quando se trata de um país tão rico em cultura popular como Brasil, não podemos generalizar em nada nenhuma região. Mas o Nordeste tem um sabor especial. É lírico por essência, por natureza.

Na musicalidade então, nossa quanta coisa boa. Na velha guarda os grandes nomes da música de raíz como Dominguinhos, Luíz Gonzaga, João do Vale, dentre muitos outros. Nas expressões dos anos 60 e 70 no Brasil, meio que simultâneos a Tropicália e aos conhecidos Novos Banhanos: Zé Geraldo, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Morais Moreira, Belchior, Raimundo Fagner, dentre muitos outros também é claro. E os que se encantaram com a bossa e com o samba como: Gilberto Gil, Djavan, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, dentre ainda mais tantos. Precisa falar mais sobre a riqueza do povo de lá?

As expressões atuais da música nordestina no Brasil continuam tão interessantes quanto antes. Com nomes como Zeca Baleiro - que já comentei aqui no blog recentemente, inclusive -, Chico César, Lenine, Cordel do Fogo Encantado, dentre muitos outros ainda também é claro.

O inconfundível estilo narrativo de Belchior, que eu tão pouco ouvi até agora, mas que me seduziu com poucas notas. É um dos grandes exemplos da beleza e da grandeza da música nordestina. Prometo posts sobre discos dele no futuro, eu juro. Preciso ouvir mais, conheço muito pouca coisa sobre o bigodudo excêntrico lá de cima. Mesmo assim, gostaria de deixar aqui uma indicação sobre a música dele: Monólogo das Grandezas do Brasil.

Postarei mais textos referentes ao tema, com este gostaria só de iniciar o assunto no Blog. Para os amigos leitores, por favor mandem sugestões. Quero falar sobre o Manguebeach, musica de raíz nordestina, os Novos Banhanos, Fagner, Belchior, Zé Ramalho, dentre muitos outros temas. E está prometido, e como promessa é divida, já vou começar a preparar um post sobre o Mangbeach.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Chico Cesar, o outro grande Chico do Brasil

Hoje passei pelos discos que conheço do Chico Cesar. E sempre que ouço esse paraibano irreverente e polêmico, eu sinto um prazer tão grande. Porque pra mim, essa é a sínteze do que se faz em música brasileira, legitimamente brasileira, nos tempos de hoje. A intertextualidade musical fluente e escancarada, a originalidade na interpretação e também nas composições, a personalidade forte; enfim, isso pra mim é o que se pode considerar a síntese, como eu já disse, do que se faz de música no Brasil hoje. Depois de um post sobre Zeca Baleiro, eu não poderia deixar de postar também sobre esse outro grande nome da música "nordestina" de vanguarda.

Chico César é um prato cheio em voz e violão, toca bem e com autenticidade e tem uma voz linda e penetrante. Além de compôr muito bem, é parceiro dos grandes nomes da atualidade como: Zélia Duncan, Zeca Baleiro, Moska, Lenine, dentre muitos outros. Essa virtuosidade como letrista podemos conferir em músicas como "Templo", do disco "Respeitem meus cabelos brancos", em "Pra Cinema", do álbum "De uns tempos pra cá", e por aí vai. "De uns tempos pra cá, por sinal, é um dos grandes discos da carreira de Chico Cesar. Um disco lindo, lírico, com arranjos em trios de cordas com violões, pianos, flautas doces acompanhando a sonoridade. Além de letras lindas. Vale a pena ouvir!

O paraibano do cabelo e da barba inusitada é sem dúvida um dos grandes nomes da tradução das expressões atuais da música afro-brasileira. Essa é outra vertente artística que Chico, principalmente nos seus primeiros álbuns, sempre deixou muito evidente em suas produções. Eu particularmente tenho gostado mais do Chico César de hoje, menos apelativo pela irreverência exacerbada que ele tinha de início. Que eu até entendo por sua história artística. Enfim, os disco "De uns tempos pra cá" e "Respeitem meus cabelos brancos" são boas pedidas pras pessoas de bom gosto musical e que apreciam a boa música brasuca.

Outro lado que eu não posso deixar de comentar do Chico, são suas reflexões sobre a realidade da vida do povo sertanejo nordestino. Que o faz com uma sensibilidade inigualável. Me chama muita atenção essa tendência que ele tem, pelo lado melancólico da realidade nordestina. Que já no Zeca Baleiro é menos presente, ele olha mais o lado irreverente e belo da cultura do nordeste. Já Chico César possui esse olhar duro, que toca qualquer um, sobre a realidade da vida nordestina. Outro compositor da atualidade que faz isso com a mesma beleza, talvez seria o Lenine. Para quem quiser entender melhor isso que estou falando, ouçam a música "Moer a cana", segunda faixa do disco "De uns tempos pra cá".

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Zeca Baleiro, e "O Coração do Homem-Bomba"

Ontem, antes de pegar no sono, eu estava ouvindo na Radio UOL o novo álbum desse compositor de São Luíz do Maranhão, que vem em um ritmo tão frenético de lançamentos de discos e álbuns dos mais variados tipos: Zeca Baleiro. Eu já tinha ouvido o primeiro volume deste curioso disco, entitulado por "O Coração do Homem Bomba", mas me encantei com a criatividade do segundo volume desse projeto. O estilo popular nordestino, misturado às suas influências vindas do Sambra e da M.P.B. em geral, é saboroso. O Zeca é um grande compositor, um nome forte na poética nordestina de qualidade atual - talvez seja junto com poucos na atualidade, um dos grandes nomes dela. Tem uma mistura de profundidade intelectual com humor nordestino, que é típico dessa cultura tão rica.

No disco Baleiro ensaia novas tendências, mas o que mais faz, é reescrever o bom e velho estilo seu aos seus primeiros trabalhos - "Vô Imbola" e "Por onde andarás Stephen Fry". Que por sinal pra mim, é o que há de melhor no Zeca. Minhas músicas preferidas, para quem quiser começar por alguma coisa no álbum, são: "Pastiche" - que é uma música super bem humorada e super criativa na poética, e "Samba De Um Janota Só" - que também tem muito do humor, e é o que eu quis dizer ser o melhor do Zeca de início de carreira, essas misturas de estilos que acabam por final evidenciando sua 'nordestinidade', pra mim é algo que faz do Zeca um cara diferente. Claro que não é o único, mas dos outros que acompanham o que poderíamos chamar de Novos Bahianos de hoje, eu vou falar em outras e oportunas postagem.

Segue aqui a sugestão de hoje, ouçam "O Coração do Homem Bomba 1" e "O Coração do Homem Bomba 2", também ouçam a faixa bônus dele com Chico César que é genial - ao final do volume 2. Para quem quiser saber mais também sobre o Zeca Baleiro e seus tantos trabalhos que vem desenvolvendo atualmente, entrem no seu site: www.zecabaleiro.com.br.

Observação sobre a Radio UOL: para quem quiser ouvir os links que eu estou incluindo aqui nos posts do blog, vocês devem usar o Internet Explorer, tanto a versão 6 quanto a 7, mas tem que ser explorer - o plugin da Radio UOL não funciona bem no Mozilla. Nunca testei o Cromo do Google nela, mas fica aqui de qualquer modo a sugestão.

Comentem e recomendem os posts: "a patrôa agradece!".

Salve moçada!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Chico Buarque - Carioca

E já que falamos de Chico, e do disco "Carioca", que foi lançado em 2006 pela compositor maior do Brasil, que tem temas variados em suas canções e um ar bastante maduro e sereno nos arranjos. Resumidamente é um disco suave de ouvir, daqueles do tipo que seriam categorizados como bom discos para crianças. Chico escreve já de cara sobre as mazelas do Rio, e olha que o disco é suave, fala sobre os desequilíbrios de uma cidade em caos social. A faixa "Subúrbios", como o próprio nome sugere, abre o set list do disco com um ar de pena e ao mesmo de apelo ao belo que há dentro dos subúrbios, mesmo que esse belo seja muitas vezes utópico.

"Outros sonhos", pra cumprir a trilogia do tema dentro da discografia do grande autor, vem declarar os delírios e desilusões de um poeta maduro que tudo já viveu. Canção que parece não ser romântica no início, mas não sede ao ímpeto de seu criador quase sempre bohemio.

Minha canção preferida no disco é "Ode aos ratos", que talvez seja a canção mais pesada em termos de provocação e crítica social do disco. A forma como Chico compara o ser humano aos ratos, que são por eles mesmos vistos como "peste", é genial. Como se não bastasse a música ainda tem contato com um impressionante e lúcido trava-línguas dentro de sua estrutura poética. É lindo! Ouçam!

Chico Buarque sempre foi impressionante nas suas opções pelos arranjos minuciosos e de muito bom gosto. E talvez um dos compositores e letristas que melhor conseguiu traduzir toda a cultura bohemia, social e cultural brasileira - se é que esses temas casam bem quando postos juntos em uma mesma análise. Mas é isso mesmo que eu acho que o Chico faz, mistura seu lado Bohemio e "carioca" - na essêcia da palavra - com seu teor político e crítico. A música "Dura na queda" é um samba canção que é a coisa mais linda! Com arranjos sutis e lindos, parece que estamos nos anos 60 ouvindo essa música. E é isso que mais genial ainda no jeitão 'malandro', ao qual a Bossa não cede.

Meus caros amigos, se permitem vou tentar lhes remeterer bons momentos com esta indicação de disco. Que não poderia deixar de ser um disco de Chico Buarque. Confiram mais informações sobre o Grande nome da nossa música no seu site www.chicobuarque.com.br, que inclusive está lançando livro novo nesses tempos - o romance "Leite Derramado", que se não me engano é o terceiro ou quarto da carreira de literato.

Saudações iniciais

Salve amigos e amantes da música brasileira, e também é claro da boa música que ainda se faz por aí à fora nos dias de hoje. Eu não poderia deixar de escrever sobre música, e sobre os temas que levam-me a saborear tais pratos da extensa e saborosa culinária da música brasileira!

O Boteco da Bossa, como o próprio nome sugere, vai claro falar de muitos temas e autores da Bossa Nova, mas vai - ou pelo menos pretende - surfar também em ondas oportunas. Gostaria de agradecer aos amigos visitantes, aqueles que já estão começando a me acompanhar nessa aventura. Ao som de Chico Buarque, no suave disco Carioca, começo a me atrever a testar aqui algumas idéias sobre a música, e boa música, que se faz hoje no Brasil, e compartilhá-las com vocês.

Lembranças aos compatriotas de gosto: Rubens Loureiro, João Eduardo Gomes, dentre outros, que são pessoas com as quais eu costumo sempre comentar essas idéias que vocês aqui se atreverão a tentar entender.