quinta-feira, 8 de julho de 2010

Cazuza

O poeta que sentiu na pele o quanto é verdadeira a afirmação: "o tempo não para"! Esse é Cazuza. Um gênio do rock e da música brazuca de uma maneira geral, que foi tão incompreendido e pouco valorizado por muitos. É sem sombra de dúvida um de meus compositores preferidos. Visceral e natural como poucos, tinha um jeito particular, e cruel as vezes, de ver a realidade e o comportamento humano.

Cazuza foi um autêntico gênio. Escreveu músicas que assustaram muitos parceiros e admiradores, com sua consistência, peso crítico e personalidade.

É, de fato, uma grande perda para nós do rock no Brasil. Perdermos grandes nomes como Cássia Eller, Renato Russo, e tantos outros que se foram. Mas para mim, Cazuza foi a maior perda do rock no Brasil dos últimos anos. Sem dúvidas.

"Pra que chorar
A vida é tão desconhecida e mágica
Dorme as vezes ao teu lado
Calada. Calada.

Pra que buscar o paraíso
Se até um poeta fecha o livro
Sente o perfume de uma flor no lixo
E fuxica, fuxica.

Tantas histórias de um grande amor perdido
Terras perdidas, precipícios
Faz sacrifícios, e mola mil virgens
Uma por uma milhares de dias

Ao mesmo Deus que ensina a prazo
Ao mais esperto ao mais otário
Que o amor, na prática
É sempre ao contrário
O amor, na prática
É sempre ao contrário"

O poeta do exagero. Da compulsividade. Da dor e do medo. Da verdade, e da mentira. Da força e da fraqueza humana. Completo e imaturo ao mesmo tempo, esse pra mim foi Cazuza. Um homem querido por muitos e compreendido por poucos, que morreu jovem, sofrendo, não só pela doença mas pelas críticas mal formuladas dirigidas a ele.

Salve Cazuza, viva Cazuza!

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