sábado, 20 de novembro de 2010

Vago homem vago

Cinturão fino e estreito como uma corda de nylon sobre a cintura.
Energia de um leão nas veias.
Doçura no olhar e língua estupidamente afiada, mais que afinada.
Saudade de casa, da mãe, isso ele esconde.
Vontade de dizer ao mundo o que lê nos livros dos homens que admira.
Vontade de ser um deles.
Nessa alquimia semi-masculina de sentidos vaga este mambembe desorientado.
Fumando um cigarro após o outro para esquecer a dor, e queimando a si mesmo junto dele.

Diogo Gomes
20/11/2010

2 comentários:

  1. "Fumando um cigarro após o outro para esquecer a dor, e queimando a si mesmo junto dele."

    Um jovem, longe de casa atrás dos seus sonhos. Belo poema e uma ótima frase de arremate!

    Abraço parceiro Diogo!

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  2. Sejamos um deles! Aqueles com essa sensibilidade ímpar iguais a você mercem. Sempre. Um abração!

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