terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Vida de mulambo

Desculpe senhor
Mas preciso de um copo de conhaque
Para afagar meu sossego
Pra descansar o seio
Um badulaque

Venha cá e me diz
Se alfazema tem cheiro de perfume
Me conta depois
Qual queijo que se come
Num tapume

Não dá pra ser mal
Com essa vida tão cheia de paixões
Et cétera e tal
Fomos tão condenados
Nas razões

Confesso que sim
Mas não deixe espelhar o seu narciso
Não quero achar mal
Pois nada vai entortar
O nosso linho

Sapato chinês
Cinta da califórnia e outras coisas
Não posso negar
Silhuetas de búzios
E outras pontas

De fato que é, maravilha
Essa vida de mulambo
Sempre viajando em bando
Sonhando um em outro
Noutras vidas



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