terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Mais um ano

Hoje faz-se mais um ano que nasci
Que soma aos outros que vivi
Sem tempo pra viver a vida

Hoje faz um ano que me vi
Soprando a vela bem ali
Jurando ver promessa cumprida

Ta fazendo mais um ano que eu senti
O ar batendo a porta, a estrela da Davi
E foi quando vi que nada importante
O sopro sessa sem que a pressa o incomode.

Insone vou me aos ventos frios e quentes da madruga
Olhando por cantos sujos de uma alma cuja fuga
Jamais fora encontrada e desmentida por aqui

E vejo enfim que basta o mote predileto do Espelho de Narciso
Para que os anos passem sim, mais ternos e longos
Cheirando cajueiros e hortelã

Ta fazendo mais um ano que me fui
Lancei-me ao mar da imensidão do homem
E foi quando sentido que nada rompe
As sete légua de um peito puro

Nenhum comentário:

Postar um comentário