Hoje faz-se mais um ano que nasci
Que soma aos outros que vivi
Sem tempo pra viver a vida
Hoje faz um ano que me vi
Soprando a vela bem ali
Jurando ver promessa cumprida
Ta fazendo mais um ano que eu senti
O ar batendo a porta, a estrela da Davi
E foi quando vi que nada importante
O sopro sessa sem que a pressa o incomode.
Insone vou me aos ventos frios e quentes da madruga
Olhando por cantos sujos de uma alma cuja fuga
Jamais fora encontrada e desmentida por aqui
E vejo enfim que basta o mote predileto do Espelho de Narciso
Para que os anos passem sim, mais ternos e longos
Cheirando cajueiros e hortelã
Ta fazendo mais um ano que me fui
Lancei-me ao mar da imensidão do homem
E foi quando sentido que nada rompe
As sete légua de um peito puro
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