terça-feira, 4 de agosto de 2009

A musicalidade nordestina

Que o nordeste é um grande polo de produção de arte no Brasil, isso não é novidade pra ninguém, e já há muito tempo. Mas eu sempre acho pertinente bater papo sobre a produção artística e musical nordestina. Por sua vastidão de expressões, de influências, de ritmos. Eu sempre digo para os meus amigos de conversas musicais, que o Nordeste é privilegiado. E privilegiado justamente por essa diversidade. Essa trança de possibilidades de sons, misturados - quase sempre - à essência da cultura sertaneja nordestina.

Não quero afirmar que só no Nordeste essa feijoada é possível. Afinal, quando se trata de um país tão rico em cultura popular como Brasil, não podemos generalizar em nada nenhuma região. Mas o Nordeste tem um sabor especial. É lírico por essência, por natureza.

Na musicalidade então, nossa quanta coisa boa. Na velha guarda os grandes nomes da música de raíz como Dominguinhos, Luíz Gonzaga, João do Vale, dentre muitos outros. Nas expressões dos anos 60 e 70 no Brasil, meio que simultâneos a Tropicália e aos conhecidos Novos Banhanos: Zé Geraldo, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Morais Moreira, Belchior, Raimundo Fagner, dentre muitos outros também é claro. E os que se encantaram com a bossa e com o samba como: Gilberto Gil, Djavan, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, dentre ainda mais tantos. Precisa falar mais sobre a riqueza do povo de lá?

As expressões atuais da música nordestina no Brasil continuam tão interessantes quanto antes. Com nomes como Zeca Baleiro - que já comentei aqui no blog recentemente, inclusive -, Chico César, Lenine, Cordel do Fogo Encantado, dentre muitos outros ainda também é claro.

O inconfundível estilo narrativo de Belchior, que eu tão pouco ouvi até agora, mas que me seduziu com poucas notas. É um dos grandes exemplos da beleza e da grandeza da música nordestina. Prometo posts sobre discos dele no futuro, eu juro. Preciso ouvir mais, conheço muito pouca coisa sobre o bigodudo excêntrico lá de cima. Mesmo assim, gostaria de deixar aqui uma indicação sobre a música dele: Monólogo das Grandezas do Brasil.

Postarei mais textos referentes ao tema, com este gostaria só de iniciar o assunto no Blog. Para os amigos leitores, por favor mandem sugestões. Quero falar sobre o Manguebeach, musica de raíz nordestina, os Novos Banhanos, Fagner, Belchior, Zé Ramalho, dentre muitos outros temas. E está prometido, e como promessa é divida, já vou começar a preparar um post sobre o Mangbeach.

3 comentários:

  1. Corrigindo o amigo que sabe das coisas como ninguém, só por questões ortográficas/rotulares: é Manguebeat, pois vem da batida do mangue...
    Chico Science, como sempre diz Marcelo D2, um verdadeiro arquiteto da música brasileira.
    Quanto a essa música do Belchior, é algo que manda no lado esquerdo do peito até do mais ferrenho defensor da cultura do eixo Rio-SP o quão bela é essa história de um povo que busca o melhor e é tão sofrido.
    Abraço, Diogão!

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  2. Realmente o Grande Belchior merece um post só pra ele, estaremos aguardando....rs
    Sobre essa música que vc citou, tem uma outra que também segue a mesma linha e que digamos que é uma das minhas preferidas que é Fotografia 3x4....dentre tantas outras como A Palo Seco, Alucinação, Retórica Sentimental...e por aí vai!!!

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  3. Salve leitores queridossssssssssssssssss...obrigado Nah pela referência...preciso ouvir mai BELCHIOR pra escrever sobre, mas vou escrever...é promessa.

    E RUBENS, perdona-me sobre a expressão. Nem vou corrigir, deixa seu coments que já é tudo! xD! Sou seu fã cara!

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