quinta-feira, 22 de abril de 2010

A valsa mais singela e mais genial da música brazuca

Valsinha
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque / Vinícius de Morais

Um dia, ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar
E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz


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Toda a genialidade de um poeta abençoado pela sensibilidade da colorida pelas rimas e pela melhor e mais pura poesia, unido-se à sensibilidade musical de um gênio da simplicidade e da sedução das notas de uma bela canção. VALE A PENA OUVI-LA, MIL VEZES.

O mais genial ainda, é a escolha da valsa, que representa um encontro conjugal. De um casal distante, que se junto numa bela e mágica noite - como há muito não se ousava. Como se juntassem seus corpos para a dança de uma valsa. Essa é a grande metáfora dessa bela música de Chico e Vinícius.

Fica aqui mais um post, para a aqueles que admiraram a ausência de Chico aqui no Boteco. :)

Aguardo os comentários hein pessoal!

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